Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre que o amor, eis que permite que o objecto dela se divida noutros afectos, enquanto que o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
E eu poderia suporta, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se tivessem morrido todos os meus amigos!
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem.
E às vezes, quando os procuro, noto que eles não têm noção de quanto me são necessários, de como são indispensáveis...
Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo!
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